quinta-feira, 22 de maio de 2008

Frágil.

Sinto-me frágil.
Tão mas tão frágil...
Como uma flor num dia de tempestade.
Ora para um lado,
Ora para o outro...
Dobro, dobro e dobro...
Quase que quebro.
Vou abaixo,
Mas nos intervalos das rajadas
Venho acima
Mantenho-me estável e
Tento ganhar forças para a próxima tempestade.
Contra-balanço tentando estar bem
E na ilusão acreditar
Que a tempestade findou...
Que a esperada bonança chegou!
Mas...
As nuvens cerram-se,
O sol desaparece,
E a tempestade instala-se...
Com a sombra
Vem o vento
Depois do vento
Vem a chuva...
Com isto, a escuridão
É só mais uma no meio de tantas outras
Mas a minha fragilidade não aguenta mais.
Luto contra as sucessivas tempestades,
Mas sinto-me demasiadamente perto de quebrar
Já não tenho forças
E o sol já não brilha
Nem tão pouco importa
Se algum dia brilhou.
Olho à minha volta e todo o campo está vazio
Sinto-me sozinha!
Sou uma flor abandonada à minha sorte
Que por sinal de sorte nada tem.
Ah! Se ao menos alguém se lembrasse
E me colhesse antes que eu me parta
Me desse aquele ambiente
Aquele aconchego.
Aconchego esse que
Faria brilhar toda a minha beleza
Todo o meu encanto,
Sem medos, sem receios
De um dia voltar a quebrar.
Colhe-me e trata de mim!
Faz de mim a flor mais bela e forte do teu jardim!
Faz-me única, faz-me tua!
Faz-me olhar o céu como se fosse sempre sol,
Faz-me esquecer os dias de chuva
E acreditar que o sol pode voltar a brilhar...
Se ao menos alguém se lembrasse de mim...

1 comentário:

Aguarelas. disse...

Este está mesmo lindo, aserio. *.*
Consegues descrever tanto daquilo que eu sinto.. Mas prontos, vamos aguentar, esta tempestade ha-de passar e o sol ainda vai voltar a brilhar para nós :D

<3