terça-feira, 6 de julho de 2010

Esta coisa de gostar de alguém.

Nunca pus nada aqui que não fosse da minha autoria, mas...este merece! E hoje por acaso encontrei este texto, texto este que já tinha lido na coluna de crónicas do metro há uns tempos atrás e que tinha pena de não ter guardado! Este texto tocou-me e continua a tocar-me sempre que o leio...it's so so true! :) E sim, só podia ser do Fernando Alvim!


"Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.

Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?

Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.

Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.

Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro.

Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós."

12 Dez '07 - Fernando Alvim


Haverá outra maneira de gostar? Não, creio que não! :)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

In(Certezas)

Um turbilhão de sentimentos tão grande, que por mais que escreva, apague, escreva e reescreva, não me consigo exprimir.
São tudo, só e apenas In(Certezas).

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Leve.

Ás vezes só queria ser livre
Livre e voar
Como um passaro
Que simplesmente vai.
A quem a alma não pesa
E o mundo não desaba
Que simplesmente paira
Sem pressas nem preocupações.
É...
E por vezes só queria
Sentir-me assim, livre!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Sol e a Lua

É noite, está escuro

E sinto-me perdida no meio da escuridão

Procuro a lua, mas ela esconde-se

Preciso das estrelas, mas elas não estão

E só queria que a lua …

 

Me abraçasse como se nada mais existisse

Me tocasse como se fosse a pureza mais rara

Me iluminasse por só brilhar para mim

Me protegesse como se fosse o mais importante

 

Mas, a cada dia que passa…

A banalidade

A frieza

A indiferença

São maiores, e só me consigo sentir mais perdida

 

E eu só queria…

Dar-lhe uma razão de existir, porque eu preciso dela

Mostrar-lhe que vale a pena, porque a pureza e sinceridade ainda existem

Faze-la brilhar, porque o brilho dela faz tudo valer a pena

Protege-la, porque ela é o mais importante.

 

Acho que no fundo, eu só queria ser o Sol.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Eco.

De todas as desilusões que já tive, tu foste sem duvida a maior.
Estou de tal forma vazia, que o eco que a dor produz é maior do que qualquer coisa que eu possa suportar.




Se soubesses o quanto tenho precisado de ti...